Com a atual conjuntura, os preços da eletricidade estão a aumentar em todo o mundo, preocupando os proprietários quanto a formas de poupar energia e, assim, reduzir as suas despesas. Muitos senhorios procuram formas de fazer face a este aumento.

Enquanto senhorio, pode arrendar a sua casa em várias modalidades. Existe a modalidade de despesas incluídas, na qual é estabelecido no contrato de arrendamento um valor fixo para os custos elétricos, independentemente do consumo dos seus arrendatários.

Pode ainda optar por estabelecer um valor mensal que cubra as despesas com eletricidade, e que, se for excedido, terá que ser pago pelo arrendatário. Nesta modalidade, os utilitários não estão incluídos. Como titular do contrato de fornecimento de energia, é o senhorio que recebe a conta emitida, enviando-a posteriormente aos arrendatários para pagamento.

Assim, neste artigo explicamos-lhe como poupar energia em sua casa, ainda que a tenha arrendado.

1. Descubra os períodos em que o preço da eletricidade é mais baixo

Enquanto consumidor, pode optar por uma de três tarifas diferentes: a EDP disponibiliza diferentes tarifas e horários, que são a tarifa simples, a tarifa bi-horária e a tarifa tri-horária.

Caso opte pela tarifa simples, a eletricidade custar-lhe-á o mesmo ao longo de todo o dia.

A tarifa bi-horária implica o pagamento de dois vaores distintos, existindo para estes, dois horários de consumo correpondentes – o período de horas de vazio, em que a energia é mais barata, e o período das horas Fora de Vaio, em que a energia é paga ao seu preço normal, isto é, aquele que paga ao recorrer à tarifa simples.

A tarifa tri-horária tem três períodos horários de consumo: o período de horas de Vazio, no qual a energia é mais barata, o período das horas Cheias, no qual a energia tem um custo intermédio e, por fim, as horas de Ponta, durante as quais a energia tem um valor mais acentuado.

Para além das tarifas, os ciclos de energia são dois: o ciclo semanal e o ciclo diário. O ciclo diário implica que todos os períodos horários são iguais em todos os períodos do ano. No ciclo semanal, por sua vez, os períodos diferem entre dias úteis, sábados e domingos, e diferem ainda com o horário de Verão e de Inverno.

Assim, o ciclo semanal em opção de tarifa tri-horária implica que, nos dias úteis, exista um período de sete horas, entre a meia-noite e as 7h, de horas de Vazio, existindo dois períodos de ponta (da 9h30m às 12h e das 18h30m às 21h) no Verão e um (entre as 9h15m e as 12h15m) no Verão.

Quanto ao sábado, o período de vazio aumenta, sendo a totalidade do dia de domingo.

A opção bi-horária implica que haja nos dias úteis, independentemente do horário de Verão ou Inverno, um período de horas de vazio entre as 00h00m e as 7h00m, sendo mais representativo aos sábados e total aos domingos.

Quanto ao ciclo diário, lembre-se, os dias são todos iguais em termos de custos. Assim, o preço da energia muda apenas com o horário de Verão e de Inverno, selecionando a opção tri-horária. No Inverno, tem horas de Vazio entre as 22h00m e as 8h00m, sendo as horas de ponta entre as 8h30 e as 10h30 e as 18h e as 20h30, sendo as restantes horas de Cheias.

No Verão, o período de horas de vazio não se altera, sendo as horas de Ponta entre as 10h30m e as 13h, bem como entre as 19h30 e as 21h.

Quanto à tarifa bi-horária, no ciclo diário, a energia é mais barata entre as 22h e as 8h, tendo um custo mais elevado nas restantes horas.

Assim, veremos mais à frente neste artigo que, mesmo com esta informação, a escolha acertada depende da utilização que faz dos seus equipamentos, bem como do seu modelo e eficiência.

2. Qual pode, então, ser a tarifa mais adequada para si?

A tarifa mais adequada para si depende dos seus hábitos de consumo. Vejamos três exemplos:

a) Se não estiver em casa durante a maior parte do dia nem durante o fim de semana, utilizando mais energia durante a noite e estes hábitos não sofrerem grandes oscilações durante o ano, a tarifa bi-horária em ciclo diário é a mais indicada para si.

b) Se o maior volume de gastos for durante o dia, e se a maioria dos seus equipamentos for elétrico, não se alterando estes hábitos, o mais indicado para si será optar pela tarifa simples, pois é durante o dia que ocorre a maioria dos seus consumos

c) Caso durante a semana não passe muito tempo em casa, e a maioria dos seus consumos se concentrar no fim-se-semana, interessa-lhe a tarifa bi-horária em ciclo semanal, pois interessa-lhe ter a energia a um preço mais reduzido durante o fim de semana.

Assim, a tarifa adequada depende dos seus gastos, podendo sempre recorrer a estes exemplos para compreender qual será a opção mais vantajosa para si.

3. As vantagens de fazer obras no seu imóvel

Ao fazer obras no seu apartamento, pode revesti-lo com isoladores térmicos, o que melhorará a qualidade de vida de quem o habite.

No Verão, a casa manter-se-á mais fresca enquanto, no Inverno, não arrefecerá tanto, o que, necessariamente, implica uma poupança de energia porque não precisará de recorrer a climatização para se manter confortável em casa.

4. Opte por equipamentos que gastem pouca energia

De acordo com a EDP, a divisão da casa que consome mais energia é a cozinha, logo seguida do aquecimento de águas.

Estas formas de consumo estão diretamente ligadas ao uso de eletrodomésticos, portanto é importante saber como poupar no momento de os escolher.

A melhor forma de poupar energia com os seus eletrodomésticos, para além de os desligar, se for possível, quando não estejam a uso – como veremos à frente – é trocar os seus equipamentos antigos por versões mais recentes.

Ainda que tenha que gastar algum dinheiro que possivelmente não tinha orçamentado, a longo prazo esta escolha irá, sem dúvida, ser vantajosa para a sua carteira.

Se, no momento de trocar os seus equipamentos, optar por aqueles que tenham uma certificação energética mais eficiente – ainda que possam ter um preço um pouco mais elevado – será recompensado pela redução do consumo de energia que, de acordo com a EDP, poderá chegar aos 60%.

Deve ainda verificar o rótulo ecológico europeu, que garante aos consumidores que os eletrodomésticos com este selo têm um baixo consumo de energia tanto durante a sua utilização, como em stand-by.

5. Utilize luz natural ou iluminação que poupe energia

Se distribuir as divisões de sua casa de forma a que, nos espaços mais utilizados, consiga ter luz natural, não necessitará de recorrer a iluminação artificial.  Assim, se na distribuição da sua casa tiver em atenção alguns aspetos, poupará bastante, feitas as contas.

Por exemplo, deve colocar zonas de trabalho em divisões que tenham bastante luz natural, bem como espaços os espaços mais utilizados mais tempo durante o dia.

Desta forma, aproveitará a luz natural que a sua casa absorve, não necessitando de mais auxiliares. Para além disso, estas divisões serão tendencialmente mais quentes, o que, à partida, implicará que não necessite tanto de recorrer a aquecimentos nestas zonas da sua casa.

6. Painéis solares: um investimento

Os painéis fotovoltaicos, chamados painéis solares, são também amigos da sua carteira quando se fala em poupar na conta de eletricidade. Várias pessoas já adotaram este método, e tem vindo a aumentar a instalação de painéis solares de pequenas dimensões para consumo próprio.

A energia excedente que produz, pode vender à rede, conseguindo até uma remuneração da energia produzida. Os painéis solares produzem eletricidade entre as 8h e as 17h, geralmente quando a eletricidade é mais cara. Se tiver instalado um painel solar, pode reduzir a compra de energia à rede e até tornar-se praticamente auto-suficiente, o que acaba por ser equivalente a vender a energia produzida pelo seu sistema à rede elétrica, aos preços do seu consumo.

7. Utilize cores claras no seu imóvel

As cores claras podem ser suas aliadas em vários aspetos, no que toca ao aproveitamento da sua casa.

Em primeiro lugar, conferem uma sensação de amplitude, o que fará com que as suas divisões pareçam, necessariamente, maiores se estiverem pintadas de uma cor clara. Quanto à poupança de energia, podem também ajudá-lo, uma vez que a divisão parecerá automaticamente mais iluminada se tiver uma cor clara, o que implica que não necessitará de gastar tanta energia.

Por exemplo: se a sua sala tiver as paredes pintadas de uma cor clara, pode bastar-lhe um bom candeeiro de iluminação LED – também aliada quando se fala de poupança de energia – para lhe dar uma sensação de claridade enquanto que, se as cores predominantes forem escuras, este pode não ser suficiente e poderá necessitar de algo mais para lhe dar uma sensação de claridade confortável, durante a noite.

Durante o dia, ainda que tenha uma boa exposição à luz solar, poderá sempre ser necessário recorrer a iluminação artifical, o que não acontecerá se a sua divisão tiver cores claras.

8. Substitua o seu esquentador elétrico por um que poupe energia

Tal como exploramos acima, a cozinha e os sistemas de aquecimento de água são os principais responsáveis pelo gasto de energia. Assim, se substituir o seu esquentador por um mais eficiente, terá poupança garantida, tal como sucede com os eletrodomésticos.

9. Ajuste a capacidade elétrica para poupar energia

Caso não lhe seja possível optar por nenhuma das soluções que acima lhe sugerimos, pode poupar energia se ajustar a potência contratada às suas necessidades.

Parte do valor da fatura é relativo à potência contratada, e este é um custo fixo. Assim, é importante que ajuste a potência contratada às suas necessidades de consumo. Mas como podemos saber se tem espaço para reduzir a potência contratada?

A Endesa ajuda-nos, dizendo que “se o seu quadro de luz nunca disparou quando ligou o forno, a máquina de lavar a roupa ou o ferro é muito provável que tenha espaço de manobra para reduzir a potência contratada”. Ainda assim, é importante que não reduza demasiado a potência elétrica, porque é importante que esteja confortável em casa.

Assim, lembre-se de que poderá ter espaço para reduzir a sua conta de eletricidade ao reduzir, com algum cuidado, a capacidade elétrica que tem em casa.

Em Portugal, esta operação não tem quaisquer custos para os consumidores.

10. Aerotermia: uma solução para as suas despesas e para o planeta

A Aerotermia é a energia armazenada, em forma de calor, no ar. Pode ajudá-lo na gestão das suas despesas, porque pode ser extraída e utilizada para climatização.

Para conseguir adotar este método, é importante que tenha uma bomba aerotérmica, que extrai o calor, e permite que mantenha a sua casa a uma temperatura agradável.

Este método reduz o consumo energético da sua casa, porque utiliza energia natural e não necessita de recorrer a aquecedores ou outros aparelhos de climatização, e a energia que emite é considerada renovável.

Para além disso, é amigo do ambiente, porque permite reduzir as emissões de CO2, não emitindo fumos ou sujidade.

11. Adote bons hábitos no seu dia-a-dia

Os hábitos do quotidiano têm muitas implicações na sua conta energética ao final do mês. Assim, se adotar alguns comportamentos, pode estar a poupar sem se aperceber. Deste modo, pode, por exemplo, desligar das tomadas equipamentos de que não esteja a precisar – é comum que se deixe o carregador do telemóvel ou a máquina de café ligados o dia todo, ainda que não esteja em utilização. Desligar este tipo de acessórios e equipamentos enquanto não os está a utilizar pode representar uma poupança avultada ao fim de um ano.

Para além disso, desligar luzes, aquecedores e outros aparelhos – como televisões – quando não se encontra nas divisões que estes servem irá também poupar-lhe bastante.

Cerca de 11% do consumo de eletricidade nas casas, de acordo com a EDP, é relativo a aparelhos eletrónicos, e por isso é tão importante garantir que os desliga da corrente – em vez de os deixar em stand-by – quando não estão em uso. É importante que se lembre que a sua carteira agradece estes pequenos gestos, e o Planeta também.

Estes conselhos ajudam-no a poupar a longo prazo, mostrando-lhe como poupar energia em casa, e muitos deles implicam apenas pequenas mudanças quotidianas, que não representam grandes custos e que, na verdade, se refletirão na sua carteira. Ao ter uma casa eficiente, conseguirá poupar na fatura da eletricidade, independentemente do uso que os seus inquilinos deem aos equipamentos que lhes disponibiliza.

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